“Segura!”
“Não senta!”
“Limpa de frente pra trás.”
Desde pequenas escutamos essas advertências.
Meninas não fazem xixi na rua, atrás de uma árvore. Trabalhamos forte a musculatura das coxas pra não sentar em banheiros públicos. Gastamos papel pra forrar o acento suspeito de sujeira. Desistimos do ato se não houver papel-higiênico por perto.
Nosso sistema hidráulico parece feito para nos castigar. Ou alguém aqui acha uma delícia fazer xixi num inverno como o que estamos enfrentando? Como se esse complô orgânico já não fosse o suficiente, ainda tem isso, precisar de um lugar dos sonhos pra conseguir fazer xixi.
Não podíamos votar. Alcançamos esse direito. Não nos deixavam estudar. Provamos que merecíamos. Não trabalhávamos fora de casa. Conseguimos nosso lugar a unha. Não conseguimos fazer xixi em pé nem em um lugar qualquer, simplinho... cri, cri... Como é que isso não muda?
Arrááááá, mas esse é o ponto. Isso que me levou a escrever esse texto. Nesse sábado, presenciei “um pequeno xixi para a mulher, mas um grande xixi para a humanidade”. Na beira do Guaíba, uma menininha de seus dois, três anos foi lá e fez xixi no matinho. Na frente de todo mundo que queria ver o pôr-do-sol. Pra quem quisesse ver. Ela fez xixi no matinho e NÃO LIMPOU!
E mais! Pra mostrar a mulher guerreira e revolucionária em que essa geração se transformará, ela não só fez xixi no matinho, como também não limpou e quem ajudou foi o pai. Uaaaaaaaaaaau!!
Comentários
O mundo ta perdido mesmo
legal seu blog, gostei :D
uma boa semana pra você!
Adorei teu blg ;)
Bjos
(mas isso já fez tanto tampo, .. ><')