Não foi e não está sendo fácil. Mais uma apuração que eu choro e me desespero. Quase não consegui saber porque eu deveria ir trabalhar, acreditar na educação, postar sobre livros e gravar sobre literatura. Mas em meio à descrença, muitas pessoas surgiram para esperançar meu coração de novo.
Ainda no domingo, depois de gravar um áudio chorando, recebi vários abracinhos virtuais e corações carinhosos. Na segunda, logo cedo, uma amiga enviou um resumão sobre quem foi eleito, mostrando o crescimento da bancada do PSOL, por exemplo. Outro amigo escreveu uma mensagem dizendo a frase que já é marca registrada dele (e eu sempre acredito): vai ficar tudo bem. Por fim, antes de sair de casa na segunda de manhã, eu peguei um livro para ler que salvou a minha alma. Me ajudou a lembrar que a arte arruma um jeitinho de se infiltrar nas mentes e corações mais fechados.
E ainda tem o segundo turno com muito medo e pouca esperança (para ser sincera). Perdida, não sei muito bem como ajudar, mas já recebi ajuda. Já fui convidada para acompanhar a apuração na casa de uma amiga. Vou para não chorar sozinha pela terceira apuração seguida ou vou para ter com quem comemorar?
Comentários