Escrito em dez minutos

 Tenho pensado em muitas pessoas. Na história que conheço delas e nas lacunas que vêm até onde estou. Tenho carinho por elas, mas não sei se é uma romantização da infância e da adolescência ou se elas são assim mesmo.

Sonho muito com essas pessoas e outras mais. Sonho e me canso. Sonho e acho que é um sinal para procurá-las. Há anos decidi dizer algo bom para aqueles que me despertam algo bom. Sinto medo de parecer uma louca em tempos de tanta falta de gentileza.

Esqueci vários aniversários e ando magoada por, talvez, ter magoado as pessoas esquecidas. Mas não é porque elas não são importantes pra mim. O fato é que lembro delas quando vejo uma determinada cor, quando vejo flores, quando lembro de lugares e quando lembro dos acordos mais loucos.

Eu que gosto tanto de aniversário lembro das pessoas numa quarta-feira de vento às 15h25 e não no dia especial de seus aniversários. Não é menos amor.

Será que essas pessoas imaginam que eu gostaria de presenteá-las com um elogio aleatório? Será que sabem que eu lembro de detalhes pequenos do nosso passado e que são importantes para mim? Será que elas têm noção do quanto eu admiro, mesmo de longe, quem elas se transformaram e no que elas fizeram com o que a vida fez com elas?

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