A realidade expulsa o coração para o mundo dos sonhos,
Mas lá não existe nada.
Talvez o vento, ilusões, confusão.
Daí lá no fundo, bem escondidinha,
Aparece uma saudade com cara de interrogação.
Ela abana tanto e tão sorridente que,
Assim de longe, até parece conhecida.
De perto não há nenhum reconhecimento,
Não mais a cara, mas a saudade todinha é um ponto de interrogação.
Que saudade é essa, de onde veio e por que apareceu?
Logo depois da saudade, apareceu um abracinho
Quentinho. Tão conhecido e, talvez, esperado.
Apenas alguns segundos são necessários para se entender um mundo,
Apenas no espaço de um abraço a saudade é reconhecida
E entendida: -"Bem vinda, querida!"
Mas pra ela não se diz "que saudade",
Pra ela se diz, com um suspiro sincero, "que pena!"
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