Saí andando.
Pensei que seria uma idiota se não saísse caminhando.
Fui caminhando com a única preocupação de saber voltar. Cada quadra, cada banca de revista ou estação do metrô, cada pessoa diferente pareciam me dizer pra continuar a caminhar e olhar.
Passei pelo MASP e pensei nos Andrades, na Anita e nos sapos. Passei por luzes e lugares charmosinhos. Tudo me fez ter vontade de escrever alguma coisa. Escrever sobre a minha mãe, sobre o calor, sobre a noite, sobre o privilégio de estar só.
Até que a voz de uma menina de cabelo rosa e tatuagem de clave de sol concretizou o meu sentimento:
"Sempre que tenho uma boa ideia pra escrever, não tenho nem papel nem caneta".
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