Essas duas semanas que passaram foram marcadas por uma enorme carência de Ângela. Contei tantas histórias nossas pra tanta gente que é capaz do pessoal achar que tô me comportando quase como uma viúva.
Eu não sei quando fiquei amiga da Ângela, quando eu vi já era necessária na minha vida como se uma amiga de infância fosse. Mas eu acho que é porque é muito fácil gostar dela. Com um coração puro e bondoso e um sorriso pronto, ela faz a gente ter vontade de ser alguém melhor.
Não lembro mesmo como nossa amizade começou. Aliás, a última coisa que lembro é que eu era a única chorando no aeroporto quando ela viajou. Como assim não ter mais a Ângela pra caminhar pela Rua Grande, dar conselhos, correr pelada ou libertar os escravos?
Isso foi em janeiro, mas parece que faz 3 anos. Não conheceu meu apartamento, não ficou fã do Moçambas, não vai estar nos meus 30 anos, nem me levou mais no Baile da Linguiça em Walachai. Ai ai, que falta!! Falta que é sempre uma presença e, por isso, não importa nem onde nem quando, a Ângela sempre é lembrada.
Lá de longe, ela sempre arruma tempo pra mim. Com um pouco menos de frequência batemos papos, falamos de tudo e de todos e desenvolvemos monólogos estranhos quando o MSN não colabora. Fico de "menina de recados" entre ela e a mãe e isso é ótimo. Assim fico batendo papo com a mãe dela e juntas matamos as saudades daquela maluca.
Será que um ano e nove meses ainda demoram pra passar?
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Beijoo!