Calor, agitação, felicidade.
Cada músculo ligado em 220.
Parece que nada será capaz de me parar:
Nem sono, nem preguiça, nem aconchego.
Então, a lua aparece e, quando sua luz
Se torna a única claridade, sinto-me hipnotizada.

Meus olhos viajam até ela e, paradoxalmente,
Eles entram cada vez mais para dentro de mim.
Perdida entre a lua e meu íntimo, quase enlouqueço,
Feito Ismália, até encontrar um rumo.
A partir dele, percebo o que está a minha volta
E como, sob aquele luar azulado, tudo ganha uma áurea mágica.

A lua lá em cima também observa.
Talvez ela também esteja surpresa com a beleza do que vê.
Talvez ela também esteja suspirando e tentando entender sua própria luz.
Talvez ela também esteja desejando que a noite não acabe.
Eu desejo, mas não é forte o suficiente para parar o tempo,
Só para atrasa-lo. Nesse atraso, a lua pára e ilumina o que, finalmente, me faz sossegar.

Comentários

Priscila disse…
Uau. Que profundo... e eu que ontem de noite pensei em ti e disse: "que lia lunda!!". pra tu ver como sou rasa. hahaha
Simo disse…
É.... Vc realmente estava intimista....

Mas se todas as vezes que ficar assim, escrever com essa profundidade...