Geralmente, nos dias que se seguem ao ano novo, a gente nunca sabe quando está. Ficamos falando "no ano que vem...", mas já estamos no ano que vem. Ou lembramos "nesse ano...", mas esse ano já é o ano passado.
Essa semana, por exemplo, foi uma confusão. Tivemos segunda, terça, quarta, domingo, sábado, sábado e domingo. Como poderia ser normal se começamos a semana num ano e terminamos no outro?
No meio dessa confusão, eu estava numa cidade quase deserta, mas com as companhias certas. Tão certas que mal percebi essa quase desertificação. Últimas horas de 2008 com quem se gosta da família. Primeiras horas de 2009 com quem se escolhe. Escolhi bem: risadas, uma certa dose de tensão, projetos, piadas porcas e carinhos.
A quantidade de risadas que se pode dar numa mesa do Cachorrão, na sala de casa, no celular e na frente do computador é algo quase incontável. E o nível dos assuntos quase censurável. E a quantidade de vezes que cito o nome de pessoas que estão longe nesses dias também é absurda. Já tô com saudade e olha que passo boa parte do ano com elas. Algumas são espertas, parecem ficar longe só pra eu perceber que sinto falta.
Mas tudo isso acaba. É nessa segunda que o ano realmente começa. Pra minha sorte a diversão continua. Lamento gente, mas meu ano só começa mesmo em março.
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