Sexta-feira conheci uma pessoa que disse que sou um ponto de interrogação. Não paro de pensar nisso desde então. Logo eu um ponto de interrogação? Acho que as coisas em mim transparecem de um jeito mais claro do que a minha pele.
Olheiras, mostrando que gosto de dormir tarde. Olhos inchados quando choro. Olhar perdido quando sinto falta de uma coisa que, às vezes, eu nem sei o que é. Rosto vermelho quando fico com vergonha ou braba. Beicinho quando estou contrariada. Risada escandalosa quando acho graça em alguma coisa. Dançar quando estou com os sentimentos a flor da pele. Meus textos quando não consigo expressar de outro jeito o que eu sinto.
Falei sobre isso com a Pri e ela concordou. Disse que pros amigos não, mas para os desconhecidos sou sim um ponto de interrogação pelo simples fato de ser diferente.
Talvez eu seja um ponto de interrogação por causa de todas as dúvidas que carrego comigo. Será que sou diferente? Quando era adolescente eu era diferente porque eu não fumava nem bebia. Hoje sou diferente porque não tenho orkut? Pros meus alunos sou uma professora diferente, porque eles conseguem rir durante a aula de literatura. Mas será que eu faço a diferença pra eles? Quando eu tinha quatro anos, sentia coisas diferentes: escutando Beatles na eletrola da minha mãe, suspirei e disse pra ela "Mãe, tô com uma depremissão!". Será que um dia vai ser diferente e eu vou saber do que eu sinto saudade?
Quando a pessoa disse que sou um ponto de interrogação, minha resposta foi: "Não, eu sou um ponto de exclamação". Só o ponto de exclamação explicaria toda a hiperbole na qual eu me resumo.
Mas acho que descobri que sou os dois: pra vocês sou um ponto de exclamação; pra mim mesma, interrogação.
Olheiras, mostrando que gosto de dormir tarde. Olhos inchados quando choro. Olhar perdido quando sinto falta de uma coisa que, às vezes, eu nem sei o que é. Rosto vermelho quando fico com vergonha ou braba. Beicinho quando estou contrariada. Risada escandalosa quando acho graça em alguma coisa. Dançar quando estou com os sentimentos a flor da pele. Meus textos quando não consigo expressar de outro jeito o que eu sinto.
Falei sobre isso com a Pri e ela concordou. Disse que pros amigos não, mas para os desconhecidos sou sim um ponto de interrogação pelo simples fato de ser diferente.
Talvez eu seja um ponto de interrogação por causa de todas as dúvidas que carrego comigo. Será que sou diferente? Quando era adolescente eu era diferente porque eu não fumava nem bebia. Hoje sou diferente porque não tenho orkut? Pros meus alunos sou uma professora diferente, porque eles conseguem rir durante a aula de literatura. Mas será que eu faço a diferença pra eles? Quando eu tinha quatro anos, sentia coisas diferentes: escutando Beatles na eletrola da minha mãe, suspirei e disse pra ela "Mãe, tô com uma depremissão!". Será que um dia vai ser diferente e eu vou saber do que eu sinto saudade?
Quando a pessoa disse que sou um ponto de interrogação, minha resposta foi: "Não, eu sou um ponto de exclamação". Só o ponto de exclamação explicaria toda a hiperbole na qual eu me resumo.
Mas acho que descobri que sou os dois: pra vocês sou um ponto de exclamação; pra mim mesma, interrogação.
Comentários
Ser essa Hipérbole de sentimentos é no mínimo maravilhoso.... O pouco que conversamos mostra que vc é "autentica".
Tu é a Carol poxa!
Única.
Pro Iugo tu é única.
Carol é um sorriso e ponto.
Um sorriso necessario, diga-se de passagem.